Conheça tecnologia que SP usa para acelerar o reflorestamento





Novas práticas de preservação ambiental contam com o uso de drones, satélites e técnicas sustentáveis de plantio



Toda a vegetação do estado pode ser vistoriada e protegida remotamente

 

A tecnologia tem sido usada como grande parceira do Governo de São Paulo na missão de proteger o verde e reflorestar áreas degradadas.

A boa notícia é que o estado comemora quedas expressivas no desmatamento. Dados do Painel Verde do Estado de São Paulo, gerenciado pela Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), mostram que a supressão irregular de vegetação nativa em SP recuou para o menor índice nos últimos cinco anos, com uma queda de 33%. Em 2023, foram registrados 1.389 hectares com indícios de desmatamento no bioma Mata Atlântica, ante 2.101 hectares em 2019. Já quanto ao Cerrado, foram 76,7 hectares com indícios, ante 94,8 hectares em 2022.

Para avançar na queda do desmatamento, o governo de São Paulo coloca em ação drones, monitoramento por satélites e técnicas inovadoras de plantio, buscando reverter ainda mais os danos em áreas desmatadas e recuperar ecossistemas.

Chuva de sementes

A técnica intensifica a dispersão de sementes

 

Uma das ferramentas empregadas para o reflorestamento ambiental é o uso de drones e helicópteros por meio do Programa Juçara, uma iniciativa da Fundação Florestal em parceria com a Semil e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

O projeto desenvolvido com tecnologia pioneira realiza o lançamento aéreo de sementes da palmeira-juçara (Euterpe edulis), uma espécie nativa da Mata Atlântica em locais previamente selecionados. Com uma técnica que intensifica a dispersão de sementes para locais mais distantes das árvores matrizes, os drones são capazes de plantar sementes diretamente no solo, lançando-as de maneira precisa e eficiente.

Monitoramento com satélites

Outra tecnologia crescente na conservação de áreas devastadas é o Monitoramento Ambiental por Imagens de Satélites (Mais), realizado pela Coordenação de Fiscalização e Biodiversidade (CFB). O projeto acompanha áreas de vegetação do estado por sensoriamento remoto.

O monitoramento consiste na comparação de imagens de satélites em datas distintas, buscando identificar alterações na vegetação. A captação investiga áreas protegidas e, quando necessário, realiza denúncias para que a Polícia Militar Ambiental confirme o dano contra a biodiversidade. 

O projeto de monitoramento realizou a varredura de 1.360.455 quilômetros quadrados de áreas verdes em 2023. Toda a vegetação do estado pode ser vistoriada e protegida remotamente, garantindo planos de contingência para preservação.

Técnicas inovadoras de plantio

Hidrossemeadura de sementes

 

Além das tecnologias digitais, o governo de São Paulo também tem investido em técnicas de plantio, como hidrossemeadura de sementes, que consiste em deixar o solo menos exposto para mitigar os impactos da chuva e facilitar a germinação. Essa técnica auxiliou na regeneração do ecossistema de São Sebastião, município do litoral norte de São Paulo que foi afetado por chuvas intensas em fevereiro de 2023.

A recuperação florestal da região recebeu plantio de leguminosas da Mata Atlântica. Utilizando hidrossemeadura, o enraizamento das plantas possui estabilização sustentável e minimiza o risco de novos deslizamentos.

O projeto foi iniciado em novembro de 2023 e recuperou 2,1 hectares. Ao todo, foram investidos R$ 908 mil somente nas três áreas da Vila Sahy, em São Sebastião, região fortemente atingida pelos temporais do ano passado.

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2 comentários em “Conheça tecnologia que SP usa para acelerar o reflorestamento”

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